Jeremias afirma que a glória do ser humano deve ser o conhecer a Deus (Jr 9.24). Mas “até que ponto eu conheço a Deus?” Será que não estamos no mesmo estágio inicial de Jó: apenas um “conhecer de ouvir falar” (Jó 42.5)?

No AT, este conhecimento de Deus é mais saliente pela sua ausência do que pela sua presença. Com palavras duras, Isaias diz que “o boi conhece o seu possuidor, e o jumento o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento,” o povo não entende a Deus (Is 1.3).

Oseias fez um apelo ao povo: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Os 6.3). Este conhecimento envolve comunhão, relacionamento, resposta e obediência. Conhecer a Deus significa ter uma experiência pessoal com Ele. Muitas vezes falamos sobre Deus, mas poucas vezes falamos com Deus.

Na oração sacerdotal, Jesus diz que a vida eterna é: “que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3). Vida eterna não é tanto uma questão cronológica (quanto tempo), mas uma questão de qualidade (relacionamento direto com Deus; conhecimento pessoal de Deus).

Geralmente analisamos a vida eterna como algo reservado exclusivamente para o futuro. Mas, em João, podemos ver que a vida eterna é uma experiência possível já no presente, embora seja consumada no futuro. Assim, Jesus veio para que tenhamos vida e vida em abundância (Jo 10.10). Essa vida é uma vida para o presente. Uma vida de relacionamento pessoal com Deus, de conhecimento de Deus.

Pr. Claiton André Kunz
Diretor e professor na FBP
Pastor na PIB em Ijuí

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